Vacina contra tuberculose pode ser eficaz contra o coronavirus. A História mostra que momentos de profunda crise aceleram importantes pesquisas científicas para o desenvolvimento das sociedades.
Entretanto com a pandemia os países estão vivendo uma verdadeira corrida para combater o coronavírus, com avanços nas áreas médica e tecnológica.
Um estudo divulgado nesta sexta-feira 31 na revista Science Advances, conduzido por um grupo de pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Entretanto concluiu que os países com maior aplicação da vacina BCG, imunização contra a tuberculose que é aplicada em recém-nascidos, são mais imunes ao covid 19.

Vacina contra tuberculose pode ser eficaz contra o novo coronavírus
Vacina contra tuberculose pode ser eficaz contra o coronavirus
De acordo com a pesquisa, países como o Brasil teriam um número maior de mortes no caso de o BCG não estar em sua programação obrigatória de vacinação.
Até 15 de abril, foram 1.760 óbitos recorrentes do coronavírus nas regiões que fazem fronteira com o Brasil.
Um número que poderia ter sido 14 vezes maior, a partir de 24.399, sem essa imunização.
A pesquisa analisou o número diário de infectados em 135 países e óbitos em 134 nações nos primeiros 30 dias de disseminação da doença.
Foi descoberto que as taxas são maiores nessas nações que não aplicaram vacinas contra tuberculose até o ano 2000.
Por exemplo, em 29 de março o número de mortes a partir de Covid-19 teria sido 19% menor.
Ou seja, seriam 468 mortes, e não 2.467 se a vacina fosse obrigatória.
Como as nações têm características locais que influenciam o número de infectados, foram considerados fatores como a idade média dos pacientes, a taxa de migração dentro do país, a densidade populacional e o acesso a testes contra o Covid-19.
O PIB per capita e as dimensões culturais também foram levados em conta.
Irlanda, Finlândia, França e China são países que mantêm a imunização obrigatória.
Enquanto Espanha, Austrália e Equador suspenderam a vacinação devido ao bom controle de doenças.
Países como os Estados Unidos, a Itália e o Líbano, por sua vez, nunca chegaram a tornar obrigatória a vacina BCG.
Espera-se agora que descobertas como esta não fiquem apenas nas paredes das universidades e das páginas de periódicos científicos, mas inspirem as autoridades internacionais a criarem políticas públicas, para o bem de suas populações.